quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

CORPORAL - Pano sagrado, de tamanho retangular, que o sacerdote desdobra no centro do altar, no começo do santo sacrifício da missa para nele descansarem o cálice com o preciosíssimo Sangue e a patena com o sacratissimo Corpo de nosso Senhor Jesus Cristo. MANUSTÉRGIO - Toalha com que o sacerdote enxuga as mãos, no rito do lavabo, após ter apresentado e incensado as substâncias litúrgicas, pão e vinho, para o santo sacrifício da missa. PALA - Paninho sagrado fixo sobre o papelão, servindo para cobrir o cálice durante o santo sacrifício da missa. SANGUINHO - Chamado também de sanguíneo. É um pano sagrado de forma retangular, com o qual o sacerdote, depois da comunhão com o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo e da purificação, seca o cálice e, se for preciso, a boca e os dedos. VÉU DE ÂMBULA - Pequeno véu de seda branca ou de ouro ou de prata , o mais digno e rico possível, que cobre a âmbula quando esta encerram o Sacratissimo Corpo de Nosso Senhor. ÂMBULA, CIBÓRIO OU PÍXIDE - É um vaso sagrado parecido com o cálice, porém contém algumas diferenças. Sua copa é mais larga e fechada com uma tampinha acimada de cruzinha. Como o cálice, sua copa deve ser de ouro ou de prata dourada em seu interior. É usado para a conservação das Sagradas Reservas Eucarísticas para a ocasião da comunhão dos fieis no santo sacrifício da missa. CÁLICE - O cálice é um vaso sagrado, de instituição divina, no qual se faz a consagração do vinho no Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Santa Igreja Católica determinou que sua copa deve ser de ouro ou pelo menos de prata, dourado em seu interior. Quanto ao pé, se não puder ser de ouro ou de prata, pode ser de material menos precioso. CALDEIRINHA E ASPERSÓRIO - A caldeirinha é um pequeno vaso portátil, usado para se colocar a água benta para a aspersão. Já o aspersório ou hissope é uma pequena haste com o qual o sacerdote asperge a assembleia ou objetos. Na sagrada liturgia são inseparáveis. CASTIÇAL - Utensílio usado para suporte de apenas uma vela. Sobre o altar, deve sempre estar com a devida estética litúrgica. CANDELABRO - Grande castiçal, com várias ramificações, a cada uma das quais corresponde um foco de luz. PATENA - A patena é também um vaso sagrado em forma de "pratinho" que serve para cobrir o cálice e receber o Santíssimo Sacramento. Como o cálice, deve ser de ouro ou de prata dourado em seu interior. BACIA E JARRA - A bacia serve para concentrar a água usada pelo sacerdote após ter lavado suas mãos no rito do lavabo. A jarra contém a água necessária para o rito. Lembra - nos da santidade e pureza com que se deve oferecer o augusto mistério, segundo exprimem o salmo xxv : " Lavo minhas mãos em sinal de inocência, para andar em torno de Teu altar ó Senhor." ( Sal XXV - VI ) CÍRIO PASCAL - Vela grande, que é abençoada solenemente na Vigília Pascal, "mãe de todas as vigílias", no Sábado Santo e que permanece acesa nas celebrações litúrgicas até o Domingo de Pentecostes. Acende-se também nas celebrações do Batismo. CRUZ PROCISSIONAL - É uma cruz alta com haste e crucifixo, usada para guiar, isto é, ir à frente das procissões litúrgicas. É levada pelo cruciferário. VELAS - As velas comuns, porém de bom gosto, que se colocam sobre os castiçais no altar, geralmente em número de duas ou com a devida estética litúrgica. OSTENSÓRIO - É um objeto de ourivesaria destinado a expor o Santíssimo Sacramento à adoração dos fieis. O ostensório primitivo era uma caixinha que se ajeitava com um pé e tinha forma de esfera, cilindro ou torre. Mais tarde, deu-se-lhe maior dimensão e mais magnificência; é uma espécie de sol de ouro, cercado de raios em cujo o centro esta em toda Sua glória e majestade o Santíssimo Senhor Jesus. CUSTÓDIA - É chamado de custódia ou luneta o escrínio interior, que encerra o Santíssimo Sacramento. Deve ser de ouro ou de prata dourada; as faces são de vidro ou cristal transparente, para que se possa ser Adorado, pelos fieis, o Sacratissimo Corpo de Deus Sacramentado. GALHETAS - São garrafinhas, de vidro ou cristal, usados para a conservação do vinho e da água que deverão ser usados para o santo sacrifício da missa; repousam em um pratinho de salva, que pode ser de metal branco ou dourado. HÓSTIA - Também chamada de hóstia magna, maior. É uma substância litúrgica, usada de matéria para o santo sacrifício da missa. Depois da santa transubstanciação será o Sacratissimo Corpo de Nosso Senhor. É destinada para a comunhão do sacerdote. PARTÍCULA - O mesmo que hóstia, porém em tamanho menor e destinada, geralmente, à comunhão dos fiéis. RESERVAS EUCARÍSTICAS - Nome dado ao Santíssimo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, conservado no cibório, encerrado no tabernáculo. Essas "reservas" são destinadas , sobre-tudo á comunhão dos fieis, e pra serem levadas aos enfermos. INCENSO - É uma resina aromática, produzida por várias árvores. Queimado diante de Deus, significa: 1. a adoração, o aniquilamento das criaturas perante o Criador; 2. a oração que sobe ao céu como a fumaça do incenso; 3. pelo aroma que se espalha nas igrejas, simboliza as graças de Deus destinada à santificação das almas. NAVETA - É um pequeno vaso (em forma de nave) que se encerra o incenso destinado a queimar-se no turibulo. Tem a forma de nave pois os melhores incensos eram trazidos do oriente, naquele tempo, em navios. TECA - Vaso sagrado pequeno parecendo um "estojo", geralmente de ouro ou de prata dourado em seu interior. É usada para conservação das reservas eucarísticas destinadas, principalmente aos enfermos. TURÍBULO - Turíbulo é um vaso de metal suspenso de correntes delgadas empregadas para se queimar e oferecer incenso nas celebrações litúrgicas. MATRACA - Instrumento de madeira firmado por tabuinhas movediças que se agitam manualmente durante as cerimonias quaresmais. ESTANTE - Serve para acomodar o Missal; é colocado sobre o Altar para que o sacerdote acompanhe os ritos das celebrações litúrgicas. IHS - Monograma do nome de Jesus Cristo.Desde o século terceiro, o nome de nosso Salvador vem sido ocasionalmente abreviados. No Final da Idade média, IHS se converteu em um símbolo, assim como o chi-rho durante o período Constantino.IHS se converteu em característica iconográfica adaptada por São Vicente Ferrer e por São Bernardino de Siena, Santo missionário, que ao final de seus sermões acostumava exibir devotamente este monograma em sua audiência. mas é de forma errônea como "Jesus Hominum (o Hierosolymae) Salvator,\" Jesus O Salvador dos Homens(Ou de Jerusalém = Hierosolyma). ALFA E ÔMEGA - Primeira e última letra do alfabeto grego. No Cristianismo aplicam-se a Cristo, princípio e fim de todas as coisas. TRIÂNGULO - Com seus três ângulos iguais (equilátero), o triângulo simboliza a Santíssima Trindade. É um símbolo não muito conhecido pelo nosso povo. INRI - São as iniciais das palavras latinas Iesus Nazarenus Rex Iudaerum, que querem dizer: Jesus Nazareno Rei dos Judeus, mandadas colocar por Pilatos na crucifixão de Jesus (Cf. Jo 19,19). XP - Estas letras, do alfabeto grego, correspondem em português a C e R. Unidas, formam as iniciais da palavra CRISTÓS (Cristo). Esta significação simbólica é, porém, ignorada por muitos. Vestes Liturgicas - São os paramentos usados pelo sacerdote nas sagradas funções liturgicas. São elas: ALVA - É uma túnica de linho ampla, caindo sobre os calcanhares como a batina e adornada com bordados mais ou menos ricos. Essa parte do vestuário é símbolo da "inocência". BATINA OU HABITO - Veste talar dos abades, padres e religiosos, cujo uso diário é aconselhado pelo Vaticano. Alguns sacerdotes fazem o uso do Clerical ou "Clericman" como meio de identificação, sendo esta uma peça única de vestuário, ou seja, um colarinho circular que envolve o pescoço com uma pequena faixa branca central. TÚNICA - O mesmo que alva, com uma diferença, tem o colar mais apertado, conforme o pescoço do ministro. AMICTO - É um pano quadrado, servindo para cobrir o pescoço e os ombros. O amicto é uma proteção e simboliza o "capacete da salvação". CASULA - É a último paramento que o sacerdote usa, por cima de todas as outras. Tem, geralmente, atrás, uma grande Cruz ou o simbolo IHS. Casula, em latim, significa "pequena casa". Recorda a túnica inconsútil de Nosso Senhor, tecida, segundo a tradição, por Nossa Senhora. No Calvário, os soldados não quiseram retalhá-la, mas sortearam-na entre si. Simboliza o "suave jugo da Lei de Deus" que devemos levar, e que se torna leve para as almas generosas. Ao vesti-la, o sacerdote reza: "Ó Senhor, que dissestes: ' o meu jugo é suave e o meu fardo é leve' (Mt 11, 30); fazei que eu possa levar a minha cruz de tal modo que possa merecer a vossa graça". ESTOLA - A estola ( do latim stola, vestuário ). Desde o século IV, tornou-se adorno que se põe nos ombros, caindo na frente, em duas partes semelhantes. A estola é feita do mesmo tecido da casula. CAPA PLUVIAL - Capa longa, que o sacerdote usa ao dar a bênção do Santíssimo Sacramento ou ao conduzi-lo nas procissões eucaristicas. Usa-se também no rito de aspersão. CÍNGULO - É um cordão branco ou da cor dos paramentos, com que o sacerdote se cinge à cintura. Os antigos o usavam para maior comodidade, a fim de que a alva, comprida, não os estorvasse nos trabalhos ou nas longas caminhadas. Recorda as cordas com que Jesus foi atado pelos algozes. Ao cingir-se com o cíngulo, o sacerdote reza: "Cingi-me, Senhor, com o cíngulo da pureza e extingui em meu coração o fogo da concupiscência, para que floresça em meu coração a virtude da caridade". É sinal de castidade. VÉU UMERAL - Chama-se também véu de ombros. Manto retangular, de cor dourada, usado pelo sacerdote na bênção solene do Santíssimo Sacramento. DALMÁTICA - Veste própria do diácono. É colocada sobre a alva e a estola. MANIPULO - É uma faixa de pano, do mesmo tecido e cor da casula. É preso ao braço esquerdo. Antigamente, servia para limpar o pó ou suor da fronte durante as caminhadas e trabalhos, ou ainda, com suas dobras, fazia-se as vezes de algibeira. Recorda as cordas com que Jesus foi manietado. Simboliza o amor ao trabalho, ao sacrifício e às boas obras. Ao acomodá-la ao braço, o sacerdote reza: "Que eu mereça, Senhor, trazer este manípulo de dor e penitência, para que possa, com alegria, receber os prêmios dos meus trabalhos". As cores dizem respeito à toalha do altar e do ambão e às vestes litúrgicas. São elas: BRANCO - Simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. Usa-se: na Quinta-feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo, em todo o Tempo Pascal, no Natal, no Tempo do Natal, nas festas dos santos (quando não mártires) e nas festas do Senhor (exceto as da Paixão). É a cor predominante da ressurreição. VERMELHO - Simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É usado: no Domingo de Ramos e da Paixão, na Sexta-Feira da Paixão, no Domingo de Pentecostes, nas festas dos apóstolos, dos santos mártires e dos evangelistas. VERDE - É a cor da esperança. Usa-se no Tempo Comum. (Quando no TC se celebra uma festa do Senhor ou dos santos, usa-se então a cor da festa). ROXO - Simboliza a penitência. Usa-se no Tempo do Advento e da Quaresma. Pode-se também usar nos ofícios e missas pelos mortos. (Quanto ao Advento, está havendo uma tendência a se usar o violeta, em vez do roxo, para distinguí-lo da Quaresma, pois Advento é tempo de feliz expectativa e de esperança, num viver sóbrio, e não de penitência, como a Quaresma). PRETO - É símbolo de luto. Pode ser usado nas missas pelos mortos, mas nessas celebrações pode-se usar também o branco, dando-se então ênfase não à dor, mas à ressurreição. ROSA - Simboliza também a alegria. Pode ser usado no 3º Domingo do Advento, chamado "Gaudete" , e no 4º Domingo da Quaresma, chamado aqui "Laetare", ambos domingos da alegria. Na liturgia toda a pessoa é chamada a participar. Sentido, corpo, espírito. Assim, os gestos corporais são também vivamente litúrgicos. E como no corpo humano cada membro tem uma função própria, a serviço, porém, de todo o corpo, assim, na liturgia, cada gesto do corpo recebe um simbolismo próprio, a serviço de todo o ato celebrativo. Assim, temos: AS MÃOS - Que ora se erguem em louvor; ora se estendem em abertura e oferecimento; ora se elevam em súplica; ora se juntam em recolhimento; ora se abrem em oferta. Também se faz a imposição de mãos nas ordenações. OS PÉS - Não só caminham nas procissões litúrgicas, em sentido simbólico de peregrinação, como também se prestam para o ritmo de danças. Na missa da Quinta-Feira Santa são lavados em memória do mandamento novo da última Ceia do Senhor com seus discípulos. Podemos pensar nos pés do Cristo Peregrino, nas estradas difíceis da Palestina, identificados com os nossos pés, na difícil caminhada de nossa vida. OS OLHOS - Na leitura eucarística, principalmente, os olhos devem ver, enxergar, contemplar. Aqui o mistério é "visto". Daí, a atenção que se requer para os movimentos litúrgicos que se realizam no altar. OS OUVIDOS - Na Liturgia da Palavra, nosso sentido auditivo é chamado a participar mais vivamente. Trata-se de ouvir, como no Antigo Testamento: "Ouve Israel...", a oração judaica mais preciosa (o Xemá judaico, no convite de Dt 6,4). OUTROS MOVIMENTOS E GESTOS CORPORAIS - Podemos falar ainda: de ajoelhar-se, de prostrar-se, de sentar-se, de ficar de pé, como também de persignar-se, de traçar o sinal da cruz. Ainda falamos de genuflexão, do gesto sereno da vênia, este como reverência diante do Santíssimo e de autoridades eclesiásticas. Atente-se pelo fato de a posição "de pé", na liturgia, ser a mais expressiva, por indicar prontidão e nos revelar a atitude de ressuscitados. É como Cristo se mostra depois da ressurreição (Cf. Jo 20,14; 21,4; Ap 5,6). A ÁGUA - A água simboliza a vida (remete-nos sobretudo ao nosso batismo, onde renascemos para uma vida nova). Pode simbolizar também a morte (enquanto por ela morremos para o pecado). Nesse sentido, ela é mãe e sepulcro, de acordo com os Santos Padres. (Ver a referência litúrgica do nº 67, em que se fala da água, nos ritos do Batismo, do Lavabo e do "asperges"). O FOGO - O fogo ora queima, ora aquece, ora brilha, ora purifica. Está presente na liturgia da Vigília Pascal do Sábado Santo e nas incensações, como as brasas nos turíbulos. O fogo pode multiplicar-se indefinidamente. Daí, sua forte expressão simbólica. É símbolo sobretudo da ação do Espírito Santo (Cf. Eclo 48,1; Lc 3,16; 12,49; At 2,3; 1Ts 5,19), e do próprio Deus, como fogo devorador (Cf. Ex 24,17; Is 33,14; Hb 12,29). A LUZ - A luz brilha, em oposição às trevas, e mesmo no plano natural é necessária à vida, como a luz do sol. Ela mostra o caminho ao peregrino errante. A luz produz harmonia e projeta a paz. Como o fogo, pode multiplicar-se indefinidamente. Uma pequenina chama pode estender-se a um número infinito de chamas e destruir, assim, a mais espessa nuvem de trevas. É o símbolo mais expressivo do Cristo Vivo, como no Círio Pascal. A luz e, pois, a expressão mais viva da ressurreição. O PÃO E O VINHO - Símbolos do alimento humano. Trigo moído e uva espremida, sinais do sacrifício da natureza, em favor dos homens. Elementos tomados por Cristo para significarem o seu próprio sacrifício redentor. O INCENSO - Como se falou no número 33, com sua especificidade aromática. Sua fumaça simboliza, pois, a oração dos santos, que sobe a Deus, ora como louvor, ora como súplica (Cf. Sl 140(141)2; Ap 8,4). O ÓLEO - Temos na liturgia os óleos dos Catecúmenos, do Crisma e dos Enfermos, usados liturgicamente nos sacramentos do Batismo, da Crisma e da Unção dos Enfermos. Nos três sacramentos, trata-se do gesto litúrgico da unção. Aqui vemos que o objeto - no caso, o óleo - além de ele próprio ser um símbolo, faz nascer uma ação, isto é, o gesto simbólico de ungir. Tal também acontece com a água: ela supõe e cria o banho lustral, de purificação, como nos ritos do Batismo e do "lavabo" (abluções), e do "asperges", este em sentido duplo: na missa, como rito penitencial, e na Vigília do Sábado Santo, como memória pascal de nosso Batismo. A esses gestos litúrgicos e tantos outros, podemos chamar de "símbolos rituais". A unção com o óleo atravessa toda a história do Antigo Testamento, na consagração de reis, profetas e sacerdotes, e culmina no Novo Testamento, com a unção misteriosa de Cristo, o verdadeiro Ungido de Deus (Cf. Is 61,1; Lc 4,18). A palavra Cristo significa, pois, ungido. No caso, o Ungido, por excelência. AS CINZAS - As cinzas, principalmente na celebração da Quarta-Feira de Cinzas, são para nós sinal de penitência, de humildade e de reconhecimento de nossa natureza mortal. Mas estas mesmas cinzas estão intimamente ligadas ao Mistério Pascal. Não nos esqueçamos de que elas são fruto das palmas do Domingo de Ramos do ano anterior, geralmente queimadas na Quaresma, para o rito quaresmal das cinzas. Encerrando esse pequeno subsídio, guardemos então que toda a liturgia é ação simbólica. Assim, poderíamos ainda falar: do templo, da assembléia, dos sinos, do jejum, da esmola, das bênçãos, da ceia, da coroa do Advento, da palma, das flores, do anel, do canto, do abraço, da música, do cordeiro, da hóstia, dos ícones, do confessionário, do batistério, da arte sacra (em toda a sua vasta extensão) etc., como também, ainda, de tudo aquilo que diz respeito aos sentidos, tais como: olfato: o cheiro do incenso e das flores; paladar: o gosto do pão e do vinho; tato: o toque, seja na imposição de mãos de ritos sagrados, seja nas mãos que se unem às dos irmãos, seja no toque de coisas sagradas; visão e audição: como se falou nos nºs. 59 e 60 deste trabalho etc.. Enfim, é todo um universo simbólico, que nos convida a mergulhar cada vez mais no mistério infinito do amor de Deus. ALFAIAS LITÚRGICAS - Nome que se dá ao conjunto dos objetos litúrgicos usados nas celebrações. Deve-se também considerar aqui a Arte Sacra, que se estende, por sua vez, a tudo o que diz respeito ao culto e ao uso sagrado. "Com especial zelo a Igreja cuidou que as sagradas alfaias servissem digna e belamente ao decoro do culto, admitindo aquelas mudanças ou na matéria, ou na forma, ou na ornamentação que o progresso da técnica da arte trouxe no decorrer dos tempos" (SC 122c). Aqui, pode-se ver como a reforma conciliar do Vaticano II se preocupa com a dignidade das coisas sagradas. Templo, altar, sacrário, imagens, livros litúrgicos, vestes e paramentos, e todos os objetos devem, pois, manifestar a dignidade do culto, que, como expressão viva de fé, identifica-se com a natureza de Deus, a quem o povo, congregado pelo Filho e na luz do Espírito Santo, adora "em espírito e verdade" (Cf. Jo 4,23-24). MISSAL - É o livro sagrado que traz as orações do santo sacrifício da missa para o serviço do sacerdote que celebra. O missal atual foi revisto depois do Concílio Ecumênico Vaticano II, aprovado por Sua Santidade o Papa Paulo VI . LECIONÁRIO Livro que contém as leituras para as santas celebrações. São três: I - Lecionário dominical - Contém as leituras dos domingos e de algumas solenidades e festas. II - Lecionário semanal - Contém as leituras dos dias de semana. A primeira leitura e o salmo responsorial estão classificados por ano par e ímpar. O evangelho é sempre o mesmo para os dois anos. III - Lecionário santoral - Contém as leituras para as celebrações dos santos. Nele também constam as leituras para uso na administração de sacramentos e para diversas circunstâncias. EVANGELIÁRIO - É o livro que contém os texto do evangelho para as celebrações dominicais e para as grandes solenidades. ALTAR - Altar, em geral, é o lugar onde se oferece o santo sacrifício à Deus. Para a santa igreja catolica, o altar é uma espécie de mesa retngular, feita de pedra ou de madeira, lembrando a mesa do cenáculo onda o Senhor Jesus instituiu o sacramento de Seu Sacrossanto Corpo e Preciosíssimo Sangue. AMBÃO - Chama-se também Mesa da Palavra. É a estante de onde se proclama a palavra de Deus. Não deve ser confundida com a estante do comentador e do animador do canto. Esta não deve ter o mesmo destaque do ambão. CREDÊNCIA - É uma mesinha que fica perto do altar, do lado da epístola, onde se coloca os vasos sagrados. colo

CORPORAL - Pano sagrado, de tamanho retangular, que o sacerdote desdobra no centro do altar, no começo do santo sacrifício da missa para nele descansarem o cálice com o preciosíssimo Sangue e a patena com o sacratissimo Corpo de nosso Senhor Jesus Cristo. 


MANUSTÉRGIO - Toalha com que o sacerdote enxuga as mãos, no rito do lavabo, após ter apresentado e incensado as substâncias litúrgicas, pão e vinho, para o santo sacrifício da missa.


PALA - Paninho sagrado fixo sobre o papelão, servindo para cobrir o cálice durante o santo sacrifício da missa.


SANGUINHO - Chamado também de sanguíneo. É um pano sagrado de forma retangular, com o qual o sacerdote, depois da comunhão com o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo e da purificação, seca o cálice e, se for preciso, a boca e os dedos.


VÉU DE ÂMBULA - Pequeno véu de seda branca ou de ouro ou de prata , o mais digno e rico possível, que cobre a âmbula quando esta encerram o Sacratissimo Corpo de Nosso Senhor. 


ÂMBULA, CIBÓRIO OU PÍXIDE - É um vaso sagrado parecido com o cálice, porém contém algumas diferenças. Sua copa é mais larga e fechada com uma tampinha acimada de cruzinha. Como o cálice, sua copa deve ser de ouro ou de prata dourada em seu interior. É usado para a conservação das Sagradas Reservas Eucarísticas para a ocasião  da comunhão dos fieis no santo sacrifício da missa.


CÁLICE - O cálice é um vaso sagrado, de instituição divina, no qual se faz a consagração do vinho no Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Santa Igreja Católica determinou que sua copa deve ser de ouro ou pelo menos de prata, dourado em seu interior. Quanto ao pé, se não puder ser de ouro ou de prata, pode ser de material menos precioso.


CALDEIRINHA E ASPERSÓRIO - A caldeirinha é um pequeno vaso portátil, usado para se colocar a água benta para a aspersão. Já o aspersório ou hissope é uma pequena haste com o qual o sacerdote  asperge a assembleia ou objetos. Na  sagrada liturgia são inseparáveis.


CASTIÇAL - Utensílio usado para suporte de apenas uma vela. Sobre o altar, deve sempre estar com a devida estética litúrgica.


CANDELABRO - Grande castiçal, com várias ramificações, a cada uma das quais corresponde um foco de luz.


PATENA - A patena é também  um vaso sagrado em forma de "pratinho" que serve para cobrir o cálice e receber o Santíssimo Sacramento. Como o cálice, deve ser de ouro ou de prata dourado em seu interior. 


BACIA E JARRA - A bacia serve para concentrar a água usada pelo sacerdote após ter lavado suas mãos no rito do lavabo. A jarra contém a água necessária para o rito. Lembra - nos da santidade e pureza com que se deve oferecer o augusto mistério, segundo exprimem o salmo xxv : " Lavo minhas mãos em sinal de inocência, para andar em torno de Teu altar ó Senhor."   ( Sal XXV - VI )


CÍRIO PASCAL - Vela grande, que é abençoada solenemente na Vigília Pascal, "mãe de todas as vigílias", no Sábado Santo e que permanece acesa nas celebrações litúrgicas até o Domingo de Pentecostes. Acende-se também nas celebrações do Batismo.


CRUZ PROCISSIONAL -    É uma cruz alta com haste e crucifixo, usada para guiar, isto é, ir à frente das procissões litúrgicas. É levada pelo cruciferário.


VELAS - As velas comuns, porém de bom gosto, que se colocam sobre os castiçais no altar, geralmente em número de duas ou com a devida estética litúrgica.


OSTENSÓRIO - É um objeto de ourivesaria destinado a expor o Santíssimo Sacramento à adoração dos fieis. O ostensório primitivo era uma caixinha que se ajeitava com um pé e tinha forma de esfera, cilindro ou torre. Mais tarde, deu-se-lhe maior dimensão e mais magnificência; é uma espécie de sol  de ouro, cercado de raios em cujo o centro esta em toda Sua glória e majestade  o Santíssimo Senhor Jesus.


CUSTÓDIA - É chamado de custódia ou luneta o escrínio interior, que encerra o Santíssimo Sacramento. Deve ser de ouro ou de prata dourada; as faces são de vidro ou cristal transparente, para que se possa ser Adorado, pelos fieis, o Sacratissimo Corpo de Deus Sacramentado. 


GALHETAS - São garrafinhas, de vidro ou cristal, usados para a conservação do vinho e da água que deverão ser usados para o santo sacrifício da missa; repousam em um pratinho de salva, que pode ser de metal branco ou dourado.



HÓSTIA - Também chamada de hóstia magna, maior. É uma substância litúrgica, usada de matéria para o  santo sacrifício da missa. Depois da santa transubstanciação será o Sacratissimo Corpo de Nosso Senhor. É destinada para a comunhão do sacerdote.


PARTÍCULA - O mesmo que hóstia, porém em tamanho menor e destinada, geralmente, à comunhão dos fiéis.

RESERVAS EUCARÍSTICAS - Nome dado ao Santíssimo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, conservado no cibório, encerrado no tabernáculo. Essas "reservas" são destinadas , sobre-tudo á comunhão dos fieis, e pra serem levadas aos enfermos.

INCENSO - É uma resina aromática, produzida por  várias árvores. Queimado diante de Deus, significa: 1. a adoração, o aniquilamento das criaturas perante o Criador; 2. a oração que sobe ao céu como a fumaça do incenso; 3. pelo aroma que se espalha nas igrejas, simboliza as graças de Deus destinada à santificação das almas.

NAVETA - É um pequeno vaso (em forma de nave) que se encerra o incenso destinado a queimar-se no turibulo. Tem a forma de nave pois os melhores incensos eram trazidos do oriente, naquele tempo, em  navios.

TECA - Vaso sagrado pequeno  parecendo um "estojo", geralmente de ouro ou de prata dourado em seu interior. É usada para conservação das reservas eucarísticas destinadas, principalmente aos enfermos.  

TURÍBULO - Turíbulo é um vaso de metal suspenso de correntes delgadas empregadas para se queimar e oferecer incenso nas celebrações litúrgicas.

MATRACA - Instrumento de madeira firmado por tabuinhas movediças que se agitam manualmente durante as cerimonias quaresmais.

ESTANTE -  Serve para acomodar o Missal; é colocado sobre o Altar para que o sacerdote acompanhe os ritos das celebrações litúrgicas.
IHS - Monograma do nome de Jesus Cristo.Desde o século terceiro, o nome de nosso Salvador vem sido ocasionalmente abreviados. No Final da Idade média, IHS se converteu em um símbolo, assim como o chi-rho durante o período Constantino.IHS se converteu em característica iconográfica adaptada por São Vicente Ferrer e por São Bernardino de Siena, Santo missionário, que ao final de seus sermões acostumava exibir devotamente este monograma em sua audiência. mas é de forma errônea como "Jesus Hominum (o Hierosolymae) Salvator,\" Jesus O Salvador dos Homens(Ou de Jerusalém = Hierosolyma).

ALFA E ÔMEGA - Primeira e última letra do alfabeto grego. No Cristianismo aplicam-se a Cristo, princípio e fim de todas as coisas.

TRIÂNGULO - Com seus três ângulos iguais (equilátero), o triângulo simboliza a Santíssima Trindade. É um símbolo não muito conhecido pelo nosso povo.

INRI - São as iniciais das palavras latinas Iesus Nazarenus Rex Iudaerum, que querem dizer: Jesus Nazareno Rei dos Judeus, mandadas colocar por Pilatos na crucifixão de Jesus (Cf. Jo 19,19). 

XP - Estas letras, do alfabeto grego, correspondem em português a C e R. Unidas, formam as iniciais da palavra CRISTÓS (Cristo). Esta significação simbólica é, porém, ignorada por muitos. 
Vestes Liturgicas -  São os paramentos usados pelo sacerdote nas sagradas funções liturgicas. São elas:


ALVA - É uma túnica de linho ampla, caindo sobre os calcanhares como a batina e adornada com bordados mais ou menos ricos. Essa parte do vestuário é símbolo da "inocência".

BATINA OU HABITO -   Veste talar dos abades, padres e religiosos, cujo uso diário é aconselhado pelo Vaticano. Alguns sacerdotes fazem o uso do Clerical ou "Clericman" como meio de identificação,  sendo esta uma peça única de vestuário, ou seja, um colarinho circular  que envolve o pescoço  com uma pequena faixa  branca central. 

TÚNICA - O mesmo que alva, com uma diferença, tem o colar mais apertado, conforme o pescoço do ministro.

AMICTO - É um pano quadrado, servindo para cobrir o pescoço e os ombros. O amicto é uma proteção e simboliza o "capacete da salvação".

CASULA - É a  último paramento que o sacerdote usa,  por cima de todas as outras. Tem, geralmente, atrás,  uma grande Cruz ou o simbolo IHS. Casula, em latim, significa "pequena casa".  Recorda a túnica inconsútil de Nosso Senhor, tecida, segundo a tradição, por Nossa Senhora. No Calvário,  os soldados  não  quiseram retalhá-la, mas sortearam-na entre si.  Simboliza o "suave jugo da Lei de Deus" que devemos levar, e que  se torna  leve  para as almas generosas.  Ao vesti-la, o sacerdote reza: "Ó  Senhor, que dissestes: ' o meu jugo  é suave  e o meu fardo é leve' (Mt 11, 30); fazei que eu possa levar a minha cruz de tal modo que possa merecer a vossa  graça". 

ESTOLA - A estola ( do latim stola, vestuário ). Desde o século IV, tornou-se  adorno que se põe nos ombros, caindo na frente, em duas partes semelhantes. A estola é feita do mesmo tecido da casula.

CAPA PLUVIAL - Capa longa, que o sacerdote usa ao dar a bênção do Santíssimo Sacramento ou ao conduzi-lo nas procissões eucaristicas. Usa-se também no rito de aspersão.

CÍNGULO -  É  um cordão  branco ou da cor dos  paramentos, com que o sacerdote se cinge  à cintura. Os antigos o usavam para maior comodidade,  a  fim de que a alva, comprida,  não os estorvasse nos trabalhos  ou nas longas  caminhadas. Recorda as cordas  com que  Jesus  foi atado pelos  algozes. Ao cingir-se  com o cíngulo, o sacerdote reza:  "Cingi-me, Senhor, com o cíngulo da pureza e  extingui em meu coração o fogo da concupiscência, para que floresça em meu  coração a virtude da caridade".  É sinal de castidade. 

VÉU UMERAL - Chama-se também véu de ombros. Manto retangular, de cor dourada, usado pelo sacerdote na bênção solene do Santíssimo Sacramento.

DALMÁTICA - Veste própria do diácono. É colocada sobre a alva e a estola.

MANIPULO - É  uma faixa de pano, do mesmo  tecido e  cor da casula.  É  preso ao braço esquerdo. Antigamente, servia para limpar o pó ou suor da fronte  durante as caminhadas e  trabalhos, ou ainda, com suas dobras,  fazia-se  as  vezes de  algibeira. Recorda as  cordas com que Jesus  foi manietado. Simboliza o amor ao trabalho, ao sacrifício e  às  boas  obras. Ao  acomodá-la ao braço, o sacerdote reza: "Que eu mereça,  Senhor, trazer este manípulo de dor e  penitência, para que possa, com alegria, receber os prêmios dos meus trabalhos".
As cores dizem respeito à toalha do altar e do ambão e às vestes litúrgicas. São elas:


BRANCO - Simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. Usa-se: na Quinta-feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo, em todo o Tempo Pascal, no Natal, no Tempo do Natal, nas festas dos santos (quando não mártires) e nas festas do Senhor (exceto as da Paixão). É a cor predominante da ressurreição.

VERMELHO - Simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É usado: no Domingo
de Ramos e da Paixão, na Sexta-Feira da Paixão, no Domingo de Pentecostes, nas festas dos apóstolos, dos santos mártires e dos evangelistas.

VERDE - É a cor da esperança. Usa-se no Tempo Comum. (Quando no TC se celebra uma festa do Senhor ou dos santos, usa-se então a cor da festa).

ROXO - Simboliza a penitência. Usa-se no Tempo do Advento e da Quaresma. Pode-se também usar nos ofícios e missas pelos mortos. (Quanto ao Advento, está havendo uma tendência a se usar o violeta, em vez do roxo, para distinguí-lo da Quaresma, pois Advento é tempo de feliz expectativa e de esperança, num viver sóbrio, e não de penitência, como a Quaresma).

PRETO - É símbolo de luto. Pode ser usado nas missas pelos mortos, mas nessas celebrações pode-se usar também o branco, dando-se então ênfase não à dor, mas à ressurreição.

ROSA - Simboliza também a alegria. Pode ser usado no 3º Domingo do Advento, chamado "Gaudete" , e no 4º Domingo da Quaresma, chamado aqui "Laetare", ambos domingos da alegria. 
Na liturgia toda a pessoa é chamada a participar. Sentido, corpo, espírito.
Assim, os gestos corporais são também vivamente litúrgicos. E como no corpo humano cada membro tem uma função própria, a serviço, porém, de todo o corpo, assim, na liturgia, cada gesto do corpo recebe um simbolismo próprio, a serviço de todo o ato celebrativo.

Assim, temos:

AS MÃOS - Que ora se erguem em louvor; ora se estendem em abertura e oferecimento; ora se elevam em súplica; ora se juntam em recolhimento; ora se abrem em oferta. Também se faz a imposição de mãos nas ordenações. 

OS PÉS - Não só caminham nas procissões litúrgicas, em sentido simbólico de peregrinação, como também se prestam para o ritmo de danças. Na missa da Quinta-Feira Santa são lavados em memória do mandamento novo da última Ceia do Senhor com seus discípulos. Podemos pensar nos pés do Cristo Peregrino, nas estradas difíceis da Palestina, identificados com os nossos pés, na difícil caminhada de nossa vida.

OS OLHOS - Na leitura eucarística, principalmente, os olhos devem ver, enxergar, contemplar. Aqui o mistério é "visto". Daí, a atenção que se requer para os movimentos litúrgicos que se realizam no altar.

OS OUVIDOS - Na Liturgia da Palavra, nosso sentido auditivo é chamado a participar mais vivamente. Trata-se de ouvir, como no Antigo Testamento: "Ouve Israel...", a oração judaica mais preciosa (o Xemá judaico, no convite de Dt 6,4).

OUTROS MOVIMENTOS E GESTOS CORPORAIS - Podemos falar ainda: de ajoelhar-se, de prostrar-se, de sentar-se, de ficar de pé, como também de persignar-se, de traçar o sinal da cruz. Ainda falamos de genuflexão, do gesto sereno da vênia, este como reverência diante do Santíssimo e de autoridades eclesiásticas.
Atente-se pelo fato de a posição "de pé", na liturgia, ser a mais expressiva, por indicar prontidão e nos revelar a atitude de ressuscitados.
É como Cristo se mostra depois da ressurreição (Cf. Jo 20,14; 21,4; Ap 5,6).
A ÁGUA - A água simboliza a vida (remete-nos sobretudo ao nosso batismo, onde renascemos para uma vida nova). Pode simbolizar também a morte (enquanto por ela morremos para o pecado). Nesse sentido, ela é mãe e sepulcro, de acordo com os Santos Padres. (Ver a referência litúrgica do nº 67, em que se fala da água, nos ritos do Batismo, do Lavabo e do "asperges").

O FOGO - O fogo ora queima, ora aquece, ora brilha, ora purifica. Está presente na liturgia da Vigília Pascal do Sábado Santo e nas incensações, como as brasas nos turíbulos. O fogo pode multiplicar-se indefinidamente. Daí, sua forte expressão simbólica. É símbolo sobretudo da ação do Espírito Santo (Cf. Eclo 48,1; Lc 3,16; 12,49; At 2,3; 1Ts 5,19), e do próprio Deus, como fogo devorador (Cf. Ex 24,17; Is 33,14; Hb 12,29).

A LUZ - A luz brilha, em oposição às trevas, e mesmo no plano natural é necessária à vida, como a luz do sol. Ela mostra o caminho ao peregrino errante. A luz produz harmonia e projeta a paz. Como o fogo, pode multiplicar-se indefinidamente. Uma pequenina chama pode estender-se a um número infinito de chamas e destruir, assim, a mais espessa nuvem de trevas. É o símbolo mais expressivo do Cristo Vivo, como no Círio Pascal. A luz e, pois, a expressão mais viva da ressurreição.

O PÃO E O VINHO - Símbolos do alimento humano. Trigo moído e uva espremida, sinais do sacrifício da natureza, em favor dos homens. Elementos tomados por Cristo para significarem o seu próprio sacrifício redentor.

O INCENSO - Como se falou no número 33, com sua especificidade aromática. Sua fumaça simboliza, pois, a oração dos santos, que sobe a Deus, ora como louvor, ora como súplica (Cf. Sl 140(141)2; Ap 8,4). 

O ÓLEO - Temos na liturgia os óleos dos Catecúmenos, do Crisma e dos Enfermos, usados liturgicamente nos sacramentos do Batismo, da Crisma e da Unção dos Enfermos. Nos três sacramentos, trata-se do gesto litúrgico da unção. Aqui vemos que o objeto - no caso, o óleo - além de ele próprio ser um símbolo, faz nascer uma ação, isto é, o gesto simbólico de ungir.
Tal também acontece com a água: ela supõe e cria o banho lustral, de purificação, como nos ritos do Batismo e do "lavabo" (abluções), e do "asperges", este em sentido duplo: na missa, como rito penitencial, e na Vigília do Sábado Santo, como memória pascal de nosso Batismo. A esses gestos litúrgicos e tantos outros, podemos chamar de "símbolos rituais".
A unção com o óleo atravessa toda a história do Antigo Testamento, na consagração de reis, profetas e sacerdotes, e culmina no Novo Testamento, com a unção misteriosa de Cristo, o verdadeiro Ungido de Deus (Cf. Is 61,1; Lc 4,18). A palavra Cristo significa, pois, ungido. No caso, o Ungido, por excelência.

AS CINZAS - As cinzas, principalmente na celebração da Quarta-Feira de Cinzas, são para nós sinal de penitência, de humildade e de reconhecimento de nossa natureza mortal. Mas estas mesmas cinzas estão intimamente ligadas ao Mistério Pascal. Não nos esqueçamos de que elas são fruto das palmas do Domingo de Ramos do ano anterior, geralmente queimadas na Quaresma, para o rito quaresmal das cinzas.

Encerrando esse pequeno subsídio, guardemos então que toda a liturgia é ação simbólica. Assim, poderíamos ainda falar: do templo, da assembléia, dos sinos, do jejum, da esmola, das bênçãos, da ceia, da coroa do Advento, da palma, das flores, do anel, do canto, do abraço, da música, do cordeiro, da hóstia, dos ícones, do confessionário, do batistério, da arte sacra (em toda a sua vasta extensão) etc., como também, ainda, de tudo aquilo que diz respeito aos sentidos, tais como: olfato: o cheiro do incenso e das flores; paladar: o gosto do pão e do vinho; tato: o toque, seja na imposição de mãos de ritos sagrados, seja nas mãos que se unem às dos irmãos, seja no toque de coisas sagradas; visão e audição: como se falou nos nºs. 59 e 60 deste trabalho etc..
Enfim, é todo um universo simbólico, que nos convida a mergulhar cada vez mais no mistério infinito do amor de Deus.
ALFAIAS LITÚRGICAS - Nome que se dá ao conjunto dos objetos litúrgicos usados nas celebrações. Deve-se também considerar aqui a Arte Sacra, que se estende, por sua vez, a tudo o que diz respeito ao culto e ao uso sagrado.

"Com especial zelo a Igreja cuidou que as sagradas alfaias servissem digna e belamente ao decoro do culto, admitindo aquelas mudanças ou na matéria, ou na forma, ou na ornamentação que o progresso da técnica da arte trouxe no decorrer dos tempos" (SC 122c).

Aqui, pode-se ver como a reforma conciliar do Vaticano II se preocupa com a dignidade das coisas sagradas. Templo, altar, sacrário, imagens, livros litúrgicos, vestes e paramentos, e todos os objetos devem, pois, manifestar a dignidade do culto, que, como expressão viva de fé, identifica-se com a natureza de Deus, a quem o povo, congregado pelo Filho e na luz do Espírito Santo, adora "em espírito e verdade" (Cf. Jo 4,23-24).  
MISSAL -  É o livro sagrado que traz as orações do santo sacrifício da missa para o serviço do sacerdote que celebra. O missal atual foi revisto depois  do Concílio Ecumênico Vaticano II, aprovado por Sua Santidade o Papa Paulo VI .
LECIONÁRIO Livro que contém as leituras para as santas celebrações. São três:

I - Lecionário dominical - Contém as leituras dos domingos e de algumas solenidades e festas.

II - Lecionário semanal - Contém as leituras dos dias de semana. A primeira leitura e o salmo responsorial estão classificados por ano par e ímpar. O evangelho é sempre o mesmo para os dois anos.

III - Lecionário santoral - Contém as leituras para as celebrações dos santos. Nele também constam as leituras para uso na administração de sacramentos e para diversas circunstâncias.

EVANGELIÁRIO - É o livro que contém os texto do evangelho para as celebrações dominicais e para as grandes solenidades. 
ALTAR - Altar, em geral, é o lugar onde se oferece o santo sacrifício à Deus. Para a santa igreja catolica, o altar é uma espécie de mesa retngular, feita de pedra ou de madeira, lembrando  a mesa do cenáculo onda o Senhor Jesus instituiu o sacramento de Seu Sacrossanto Corpo e Preciosíssimo Sangue.
AMBÃO - Chama-se também Mesa da Palavra. É a estante de onde se proclama a palavra de Deus. Não deve ser confundida com a estante do comentador e do animador do canto. Esta não deve ter o mesmo destaque do ambão.
CREDÊNCIA - É uma mesinha que fica perto do altar, do lado da epístola, onde se coloca os vasos sagrados.
colo

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